quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


    
   Nunca estive tão de Férias. Nunca vi tanto o mar, seja sozinha ou acompanhada, seja na praia ou sei lá onde. E como gosto do mar.
   Deve ser a primeira vez que encosto em uma caneta em meses (“dois meses já é meses”, como riria um amigo meu) – sim, sou dessas que ainda escrevem em cadernos velhos. E minha letra se confunde com a do meu avô – o que não é nada bom.
  
   (De pirraça, a tinta da caneta vermelha encontrada num canto seca de vez, se recusando a escrever sobre o abandono de si mesma, e sou obrigada a vasculhar o quarto à procura de um giz de cera amarelo, que seja, até me lembrar da caneta guardada em uma caixinha, conjunto de uma lapiseira, dada a mim porque eu faria Letras e, decerto, escreveria como nunca. Hein?)

   O último texto que escrevi – desconsiderando os pobres sms’s – foi uma carta de alforria de quatro páginas – digitadas, veja bem – especulando a respeito de contos de Guimarães Rosa, que certamente se revirou a cada baboseira empurrada sem acanhamento com o (quase) único intuito de mandar Teoria Literária II para o saco e chegar aonde me encontro agora: às Férias. Então, nada mais justo que espirrar esta pequena ode ao bem viver, à desobrigação. E, é claro, ao mar, onde pretendo me enfiar, daqui a pouco, até as orelhas; motivo pelo qual não me estenderei por aqui e (re)trancarei a caneta na caixinha o quanto antes – nada contra a caneta, coitada.
   Cá está um “até logo”, deixado a alguém que esbarre com este blog. E, se um dia minhas Férias acabarem – antes ou depois do recomeço das aulas –, voltarei então a fazer braguices.

Beijo na bunda (e até segunda),
Braga.