Como um catador de lixo às avessas, vou buscando latas
cheias de cerveja. “Hábito” quase tão lucrativo quanto o deles, dada a miséria
paga. Menos saudável, entretanto. Bebo mais pra escrever melhor, ou pra não
saber mais que estou escrevendo tão mal. E tocam (e tocam, e tocam, e tocam!)
jazz. Não sei nem o que nem de quem, só sei que é jazz porque diz o cartaz:
FESTIVAL DE JAZZ.
(Porra! Me dou uma bronca pelo que ia escrever.)
Essa cultura de “foi com quem?”. Parece que a gente tá sempre precisando de companhia, e,
quando não precisamos, galera logo faz que sim: foi com quem? Fui comigo,
porra.
Tô é muito desconfiada desse jazz. Não entendo nada de jazz
(de nada), mas isso não é jazz.
(...)
Tem uma mãe me olhando e me olhando. Segunda mãe da vida me
olhando e me olhando, e não to falando da minha, que só teve tempo de olhar
rápido. Parou, foi embora.
(...)
(...)