sexta-feira, 1 de julho de 2011


Idiotemos!

Antes que se aproxime,
com sua ausência de todas as artes,
o triste sorriso da seriedade absoluta.
Absorta em si mesma, imune ao riso gratuito e desenfreado.
Imune à alegria dos bobos
à dança dos gestos aleatórios
aos sons da alma se revirando
à surpresa da explosão do nada.
Do ab-so-lu-ta-men-te nada!

Idiotemos!

Idiotemos com nossos saltos ao vazio.
Busquemos a emoção que paira, que plana.
A leveza de uma brincadeira ao acaso.
Viajemos com nossos olhos pela imortalidade das coisas esquecidas.
Abracemos o fio de poeira que flutua,
certamente ao nosso encontro.
(Por que não?)

Façamo-nos vítimas da idiotice sinestésica!
Intrínseca.
cambalhotas compulsivas
frases dessituadas
total falta de enredo.
Puns.

Abaixo a seriedade mesquinha!
Abaixo os que nos enquadram em sua falta de sonhos!
Pois que tentem!
Aos nossos amigos, o sorriso dos loucos!

Idiotemos!
Nós que sabemos idiotar!

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